quarta-feira, 2 de novembro de 2016

A música certa

   Quando se trata de arte, o limite entre o certo e o errado se torna uma linha tênue. Há regras, sim, e muitas. Existem tratados de harmonia musical, exercícios orientando as técnicas referentes a cada instrumento musical, mostrando a melhor forma de posicionar as mãos, produzir o som etc. Mas, continuo dizendo: em arte não há o certo e o errado. Porque o que determina isso é o subjetivismo com o qual estamos lidando com o assunto. 
   No Curso Violão Gaúcho, estou sempre salientando a importância das regras e o bem estar que sua utilização proporciona ao músico tanto no instrumento quanto na criação musical. Porém, saliento sempre que o que determina o verdadeiro objetivo de um conjunto de regras musicais é a forma como as usamos para transformar sons em arte.
   Em suma, o objetivo do “tocar corretamente” é levar ao ouvinte de forma mais clara possível a ideia do executante ou compositor. Regras musicais não podem se tornar dogmas. Se precisar desfazê-las em detrimento da boa arte musical, e, acima de tudo, da emoção, temos que ter a coragem de tomar tal atitude.